The Eyes of The Castor & Pólux - parte 27

Envolvido em um estranho ritual (imerso entre 

cristais, esferas de luz e gotículas dágua flutuantes) 

um fantasma (ou assim parecia ser…) faz 

estranhos gestos e de seu corpo etéreo emana 

um tênue luz que estremece o tecido da 

própria realidade a sua volta. De cada lado 

da sala a uma estatueta.

– Castor & Pólux, com certeza. 

– pensa o detective londrino. 

– O que faço agora: encaro o “gasparzinho” 

na raça com duas UZIs ou deixo tudo como 

está e volto ao encontro de Alexander? 

Diabos, aposto que aquele europeu metido 

saberia o que está havendo lá dentro. 

Meu instinto me diz que essa estória toda 

é a maior fria!!!

Decidido a não tomar uma atitude precipitada 

retorna pelo corredor até o local da passagem 

secreta na parede. Antes de entrar nela volta 

até a alavanca que baixa a grade e a aciona. 

A barras de ferro novamente tornam a sua 

posição bloqueando a passagem. Em seguida 

John retorna até a passagem secreta aberta, 

entra, vê outra alavanca a sua esquerda. 

Baixa-a, a parede fecha-se selando a passagem, 

John caminha pelo escuro corredor, começa a 

ouvir um ruído de água corrente, emerge em 

outra tubulação do esgoto, ao sair percebe uma 

pedra saliente na parede, empurra-a e 

a parede fecha-se.

– Humm, muito prático. Vou memorizar bem 

este lugar. – e parte pelo enegrecido túnel cloacal, 

após aproximadamente uma hora vagando 

encontra uma escada de metal que leva a uma 

tampa de bueiro. Empurrando-a com força 

consegue desloca-la com certa facilidade. 

Aparentemente já havia sido movida, como se 

alguém a tivesse usado para entrar por ali…

O detective sai bem em frente a Igreja de St. John.

– Ora, ora, que coincidência: 

se não é o meu santo protetor…

Ao surgir de dentro do bueiro no meio da rua, 

trajando um manto cerimonial, não há como 

não chamar a atenção. O padre, parado nas 

escadarias da igreja faz um gesto para John. 

O detective caminha até ele e diz-lhe:

– O que deseja padre?

– Parece estar precisando de auxílio, 

meu filho. O que houve contigo?

– Hiii, padre, nem ti conto, o bicho tá 

pegando pro meu lado…

– Não entendo muito bem o que quer dizer, 

mas entre, meu filho, a a Casa do Senhor está 

aberta a todos.

– Em vista de minha atual situação não irei 

rejeitar o seu convite, padre.